Meu nome é Rui Moreira dos Santos. Nasci em 1963 (…) A minha formação artística acontece desde os meus quinze anos de idade, quando fui procurar aprender a dançar para poder acompanhar os primos que dançavam muito bem em casa.
Enfim, eu não sabia que eu estava buscando uma formação artística… Mas, a sequência dos dias, a sequência dos fatos, acabou mostrando que essa minha curiosidade sobre um ato social, acabava se confundindo com a manifestação artística. Essa relação com as artes acabou me levando para um universo profissional relacionado à cultura. E, em especial à cultura das artes. Aí, dentro da cultura das artes, a relação da dança se estabeleceu de maneira muito forte. E ao se estabelecer de maneira muito forte essa relação com a dança, eu pude observar que as questões de origem da minha casa, a religiosidade afro-brasileira. Mas, em especial, eu posso dizer negra que tem uma corporeidade. Essa acabou influenciando bastante as minhas referências profissionais.
E, aí, quando eu falo das questões negras… Eu falo de ancestralidade. Os conflitos sociais, de alguma forma, são tão presentes no país e acabam gerando um olhar muito próprio. Quando se tem interesse nesse foco, que são as questões negras… E, tudo isso acabou influenciando de maneira muito potente toda a minha relação de trabalho. (…) A contemporaneidade abre o leque da criação para essa interlocução com o seu entorno. Então, essa relação dos interesses, de maneira mais ampla, é o mote para o artista contemporâneo, para o artista do nosso sistema. Ele não consegue ficar fechado em um processo numa bolha que gere criatividade…
Bailarino, coreógrafo e investigador de culturas. Rui Moreira tem formação em dança moderna, balé clássico, danças populares brasileiras e dança contemporânea africana. Funda em conjunto com os artistas Gil Amâncio, Ricardo Aleixo e Guda a Cia SeráQuê? (1992). Foi curador do Festival de Arte Negra de Belo Horizonte nas edições do evento em 2003, 2005/2006, 2007, 2009, 2013. Transcrição parcial da entrevista realizada pela artista e pesquisadora Janaina Barros Silva Viana via Skype para o arquivo digital Epistemologias Comunitárias em 2019.
TERRITÓRIOS PERFORMATIVOS:
O LUGAR DA POÉTICA:
O LUGAR DA AUTORIA:
1.
RETRATO
Epistemologias Comunitárias, 2019
Rui Moreira
Laboratório de Culturas e Humanidades (Labcult )
Escola de Ciência da Informação da Universidade Federal de Minas Gerais
Áudio/ Captação de imagem (Skype): Janaina Barros Silva Viana
Registro fotográfico/Cinegrafista: Wagner Leite Viana
Edição de imagens/transcrição/tradução: Rogério Rodrigues
Ana Carolina Horikawa
Supervisão residência pós-doutoral: Maria Aparecida Moura
2.
RETRATO
Epistemologias Comunitárias, 2019
Rui Moreira
Laboratório de Culturas e Humanidades (Labcult )
Escola de Ciência da Informação da Universidade Federal de Minas Gerais
Áudio/ Captação de imagem (Skype): Janaina Barros Silva Viana
Registro fotográfico/Cinegrafista: Wagner Leite Viana
Edição de imagens/transcrição/tradução: Rogério Rodrigues
Ana Carolina Horikawa
Supervisão residência pós-doutoral: Maria Aparecida Moura
OUTROS TERRITÓRIOS:
Rumos Itaú Cultural, 2018
Rui Moreira
Depoimento de Rui Moreira, bailarino e coreógrafo,
membro da comissão de seleção do Rumos Itaú Cultural,
edição 2017-2018
Produção audiovisual: Paula Bertola
Entrevista: Amanda Rigamonti, Heloísa Iaconis e Marcella Affonso
Captação: Sacisamba (terceirizada)
Edição: Caetano Biasi (terceirizado)
Técnico de som: Tomás Franco (terceirizado)
Diálogos Ausentes, 2017
Rui Moreira
Produção audiovisual: Camila Fink e Roberta Roque
Entrevista e roteiro: Gabriel Carneiro (terceirizado)
Captação e edição: Belluah Produções
Nazareth, 1992
Rui Moreira
Grupo Corpo
Coreografia: Rodrigo Pederneiras
Música: José Miguel Wisnik sobre obra de Ernesto Nazareth
Figurino: Freuza Zechmeister
Cenografia: Fernando Velloso
Iluminação: Paulo Pederneiras
Bboy- Faça algum barulho, 2013
Rui Moreira Cia. de Danças
Belo Horizonte
Definitivo é o fim, 2013
Rui Moreira
Processo de criação
VI Mostra Alaya Dança
Vídeo: Sátiro Valença
Trecho do espetáculo Ês Quis, 2007
SeráQ. Cia de Dança
Cena: Um lugar no sol do olhar
Coreografia: Rui Moreira
Figurino: Eduardo Ferreira
Música: Sérgio Pererê
Cantam: Júlia Ribas e Sérgio Pererê
Dançam: Vanessa Assis, Pricila Patta, Elaine do Carmo, Leonardo, Mascote e Charles
Belo Horizonte
Quilombos em Berlim, 2002
Espetáculo Quilombos Urbanos
Festival Move Berlim
Coreografias: Rui Moreira
Músicas: Gil Amâncio, Guda e Ricardo Aleixo
Elenco Cia. SeráQuê? e Up Dance
Iluminação: Telma Fernandes
Sonorização: Murillo Corrêa
PÁGINAS SOBRE O ARTISTA:
https://www.youtube.com/channel/UC667w9edeqFKXzvL7JTmkjQ
https://www.youtube.com/channel/UCXOwNFLuKZhMxNCSddEwcuQ
http://ruimoreiraciadedancas.blogspot.com/p/rui-moreira.html
https://pt-br.facebook.com/RuiMoreiraciadedancas/
http://www.omenelick2ato.com/artes-da-cena/danca-e-performance/africa-africans
http://revistamarimbondo.com.br/artigo/58
https://www.cisnenegro.com.br/coreografia/com-cordas/